Tricotilomania e onicotilomania

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Penha Frassi

5/28/20231 min read

A tricotilomania apresenta desafios para os médicos em várias áreas, incluindo avaliação, tratamento e pesquisa. Caracterizada por uma vontade irresistível de arrancar os cabelos, precedida de tensão e seguida de alívio ou prazer, a tricotilomania pode causar prejuízos e sofrimentos significativos aos que a sofrem. Possíveis causas hipotéticas incluem uma base biológica para puxar o cabelo, bem como puxar em resposta a estressores da vida.

Existem várias técnicas de avaliação para medir a gravidade da tricotilomania, cada uma com vantagens e desvantagens no estabelecimento de um diagnóstico. Como ainda é um distúrbio relativamente mal compreendido, as opções de tratamento para pacientes que relatam esses comportamentos são limitadas e geralmente se limitam à terapia farmacológica e à terapia comportamental de reversão de hábito.

Mansueto, Stemberger, Thomas e Golomb publicaram um modelo comportamental abrangente e convincente que tenta explicar as várias pistas e fatores da tricotilomania. É útil considerar a tricotilomania um fenômeno biológico, psicológico e social que requer mais pesquisas sobre a interação dessas variáveis ​​no avanço da compreensão do transtorno.

O transtorno grave de roer ou arrancar unhas (onicotilomania) pode causar deformidades significativas nas unhas (p. ex., deformidade por atrito, ou hábito obsessivo de roer unhas) e hemorragias subungueais.

Roer as unhas, arrancar cabelo a cabelo ou tirar pequenos pedaços de pele podem passar de gestos ocasionais a obsessões. São ações que facilmente se podem tornar em hábitos e daí em compulsões, porque dão prazer a quem os realiza. Mas também pode ser motivo de muitos problemas. Dedos a sangrar, zonas da cabeça sem cabelo e feridas expostas e dolorosas. Os peritos classificam estas patologias como perturbações obsessivo-compulsivas, tal como ter sempre tudo pela mesma ordem ou estar sempre a lavar as mãos, com a diferença que roer as unhas e arrancar os cabelos e a pele poderem originar momentos de prazer. Os pacientes da psiquiatra da Universidade da Califórnia, em São Francisco, Carol Mathews, dizem que a sensação é agradável e reconfortante, como uma recompensa.