Transtorno do Espectro Autista-TEA

O que é autismo?

O autismo é um distúrbio do desenvolvimento que afeta o processamento de informações. Pessoas com autismo têm dificuldades com habilidades sociais e de comunicação. Eles têm interesses restritos e se envolvem em comportamentos repetitivos. Eles também tendem a sentir sensibilidade ou desconforto de estímulos sensoriais, como certas luzes ou sons. Como os sintomas do autismo variam muito, diz-se que a condição existe em um espectro, conhecido como Transtorno do Espectro do Autismo (TEA).

A síndrome de Asperger refere-se ao autismo de "alto funcionamento", mas não é mais um termo diagnóstico formal.O autismo geralmente se manifesta aos dois anos de idade. A condição é diagnosticada quatro vezes mais frequentemente em homens do que em mulheres, embora as mulheres sejam frequentemente negligenciadas e diagnosticadas erroneamente. A frequência do diagnóstico aumentou nos últimos 20 anos; não está claro se a incidência está realmente aumentando, se os especialistas estão mais cientes disso ou se o diagnóstico mudou para incluir graus menores de comprometimento.

Não há cura para o autismo, nem uma busca universal: muitas pessoas argumentam que o autismo não deve ser enquadrado como uma condição médica que precisa de melhora. Para aqueles na extremidade inferior do espectro, práticas e terapias direcionadas podem ajudar a aliviar os sintomas.

Sintomas de autismo

Embora a gravidade dos sintomas diversifique muito, invariavelmente há prejuízos nas habilidades sociais e de comunicação. Algumas crianças com autismo que não falam nada e permanecem mudas ao longo da vida, enquanto outras têm desafios sociais leves. Crianças com autismo também apresentam interesses restritos e comportamentos repetitivos. Os pais podem perceber que seu bebê evita o contato visual ou não responde e pode ser difícil para eles formar laços emocionais e apego parental . Crianças com autismo podem ter respostas incomuns à estimulação sensorial e podem ser altamente sensíveis a certos sons, texturas, sabores ou cheiros. Eles podem ter déficits na coordenação motora e tônus ​​muscular pobre. Crianças autistas exibem muitos tipos de comportamentos repetitivos no início da vida, como bater as mãos, balançar o corpo e emitir sons. Eles podem organizar ou empilhar objetos repetidamente.

Algumas crianças infligem ferimentos a si mesmas por meio de ações repetidas, como morder as mãos e bater a cabeça. Eles também têm uma preferência precoce por rotinas invariáveis ​​da vida cotidiana. Causas do Autismo.Ninguém entende completamente o que causa o autismo. O número de crianças diagnosticadas com o distúrbio aumentou significativamente desde a virada do milênio, mas os especialistas não têm certeza se isso reflete uma melhora na consciência diagnóstica ou um verdadeiro aumento na prevalência. A maioria das pesquisas mostram que a genética é um fator, porque as pessoas que têm um irmão com autismo são mais propensas a ter autismo.

O autismo também é mais provável em indivíduos que têm pais mais velhos. O peso muito baixo ao nascer também é um fator de risco, de acordo com o Instituto Nacional de Saúde Mental e o TEA ocorre com mais frequência em pessoas com algumas condições genéticas, como a síndrome do X frágil ou a esclerose tuberosa.

Tratamentos para Autismo

Existem muitas abordagens eficazes para gerenciar ou tratar o autismo.

A intervenção precoce com terapias comportamentais, cognitivas e de comunicação altamente estruturadas pode, às vezes, ajudar dramaticamente as crianças com autismo a aprender habilidades. Programas educacionais baseados na escola projetados para crianças com autismo podem ser eficazes para melhorar o funcionamento intelectual. Os programas que fazem uso da análise comportamental aplicada (ABA) tornaram-se amplamente aceitos como o padrão de tratamento. Na maioria dos programas, os pais são incentivados a se envolverem bastante no cuidado de seus filhos.

Embora nenhum medicamento possa corrigir as deficiências comuns ao autismo, drogas psicoativas, incluindo antidepressivos, antipsicoticos e anticonvulsivantes, às vezes são prescritas para ajudar a controlar sintomas específicos. A medicação anticonvulsivante pode reduzir o número de convulsões que uma pessoa tem, mas não eliminá-las totalmente.

Autismo e Condições Relacionadas

O autismo parece se sobrepor a uma série de condições médicas e de saúde mental. Pessoas com autismo também podem ter TDAH , ansiedade, depressão, epilepsia, problemas de sono, problemas gastrointestinais ou síndrome do X frágil. A síndrome do X frágil é uma desordem ligada ao cromossomo X.É difícil separar por que essas condições coexistem e como uma causa a outra (ou vice-versa). No entanto, identificá-los é importante porque permite que as pessoas com autismo tratem de sintomas angustiantes e melhorem sua vida cotidiana.

Quais são os 3 níveis de autismo?

Autismo Nível 1: menor necessidade de apoio no dia a dia.

Autismo Nível 2: popularmente conhecido como autismo moderado, nesse nível a pessoa precisa de um pouco mais de apoio em sua rotina

Autismo Nível 3: conhecido como autismo severo, a pessoa precisa de mais apoio para as atividades da vida diária.

Paternidade de uma criança com autismo

Aprender que uma criança tem autismo pode ser avassalador, e os pais podem passar por diferentes emoções. Ser pai/mãe de uma criança com autismo geralmente significa pesquisar programas e serviços, manter registros detalhados e se tornar um defensor da criança na escola e em ambientes médicos, além de se ajustar a novas considerações financeiras e de relacionamento. É importante lembrar que o autismo é uma condição relativamente comum e há muitos recursos e profissionais disponíveis para ajudar os pais a fornecer o melhor suporte possível para seus filhos.

Autismo na escola

A sala de aula pode ser um lugar desafiador para crianças com autismo, desde ficar em dia com os trabalhos escolares até as luzes brilhantes e os sons do prédio. Crianças com autismo têm direito a serviços que podem ajudar a apoiar sua educação. Os pais desempenham um papel fundamental nesse processo, desde a garantia de um plano educacional individualizado até a manutenção de canais de comunicação abertos com os professores.

Autismo na idade adulta

Para alguns, a percepção do autismo ocorre na idade adulta. As pessoas reagem a essas informações de maneira diferente, mas algumas são profundamente gratas pela nova percepção que têm sobre si mesmas. Nesta fase, as pessoas com autismo podem se matricular na faculdade, encontrar uma moradia adequada e conseguir um emprego. Nesses domínios, existem opções com níveis variados de suporte para aqueles em todo o espectro.

Autismo e Força de Trabalho

As pessoas com autismo enfrentam desafios distintos na força de trabalho e algumas não conseguem encontrar emprego ou permanecer empregadas. No entanto, há um esforço crescente entre as empresas para reconhecer os benefícios da neurodiversidade, contratar pessoas com autismo e apoiá-las em suas funções.O conceito de neurodiversidade abrange, celebra e respeita as diferenças entre pessoas com autismo e outras variações atípicas de pensamento e comportamento. Aqueles que apóiam o movimento da neurodiversidade afirmam que não existe um cérebro “normal” contra o qual todos os outros cérebros possam ser medidos.

Portanto, o autismo deve ser amplamente aceito e reconhecido como uma variação natural da condição neurológica humana. Os defensores apontam as valiosas habilidades e contribuições de diferentes tipos de mentes, assim como destacam o valor de outros tipos de diversidade. Ao mesmo tempo, alguns pesquisadores e especialistas médicos acreditam que o conceito de neurodiversidade pode ser razoavelmente aplicado apenas àqueles com autismo de alto funcionamento.

Os cientistas desenvolveram inúmeras teorias para ajudar a explicar o que dá origem ao autismo. Uma dessas ideias é a teoria da mente diamétrica, que propõe que o autismo e a psicose existem em extremos opostos de um espectro de mentalismo, a capacidade de interpretar as mentes e os motivos dos outros. Outra é a teoria do cérebro masculino extremo, que representa o autismo como uma versão extrema de um cérebro tipicamente “masculino” em termos de suas habilidades de sistematização. Outras ideias também surgiram, como a hipótese da motivação social e a hipótese do mundo intenso. No geral, mais pesquisas serão necessárias para entender esse fenômeno complexo.